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Mostrando postagens com o rótulo ciência

É a ciência capitalista e machista ou comunista e feminista-gayzista?

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Quem me conhece sabe, sou um apaixonado por ciência (ao ponto de, às vezes, me tornar chato por buscar uma explicação científica para tudo, como salientou minha mulher, dia desses), como tal, assim como para minha deficiência em aceitar falácias, é-me doloroso assistir aos ataques desferidos contra a ciência. Não me entenda mal! Não só acho plenamente aceitável como muito saudável ter uma atitude questionadora quanto a qualquer coisa, e isso principalmente com o conhecimento científico, mas dói-me sinceramente quando isso é feito através de falácias ou do pouco conhecimento! Quer um exemplo? Afinal, a ciência é capitalista ou comunista? Depende... se a ciência lhe contrariar e você for capitalista, ela é obviamente comunista, se ela lhe contrariar e você for comunista, ela é obviamente capitalista... Se você duvida, basta ver a questão do aquecimento global por emissão de carbono. Nos Estados Unidos, a direita tem constantemente propagandeado que toda a questão do aquecimento gl...

Plantas também evoluem?

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Tá bom, eu confesso: adoro internet. Ela é realmente uma fonte inesgotável de conhecimento e de diversão; mas é também uma ótima forma de comunicação. Apenas dessa forma pude, por exemplo, falar com o Leandro Bruck, meu amigão dos tempos do 2º Grau no Elisa Valls e que agora mora na Grande Porto Alegre. Hoje pela manhã, postei uma imagem do Darwin com os dizeres: “Então você refuta a Teoria da Evolução? Conte-me sobre todos os livros sobre o assunto que você leu, todos os debates que participou, todos os artigos científicos publicados e sobre o “método científico” que você anda usando!” Tá certo, fui um pouco provocativo, reconheço, mas às vezes não resisto. Hoje à noite, o Leandro me mandou a seguinte mensagem em resposta: Completamente a favor, mas acho que ela está incompleta ou foi oculta alguma informação, pois segundo ele, existiria uma evolução continua e ininterrupta, com relação aos seres animais, mas porém, podemos constatar a mesma evolução também nos seres o...

De frente com Nitrogênio

Para os poucos que acompanham meus posts e está estranhando minha ausência, digo-lhes: não é por falta de vontade. Poucas coisas me dão mais prazer do que compartilhar meus mal escritos textos; mas viajens pela faculdade (Itaara, Rosário, Itaqui), trabalhos em várias componentes curriculares, a aproximação das provas e a lida de “dona-de-casa” nesta vida de pai separado às vezes não deixam muito tempo para escrever. Hoje, porém, tenho um trabalho da componente curricular Transformações da Matéria, ministrada pela professora Fabiane Ferreira. Desde o primeiro semestre temos um grupo de trabalho que se comprometeu a fazer as tarefas de maneira diferente, como forma de tentar desenvolver novas perspectivas educacionais, com farto uso da criatividade (que sobra em meus colegas) e muito bom humor. Para esse trabalho, por ideia da Amanda Machado (que também trabalhou como diretora, figurinista e diretora de produção), resolvemos apresentar o nitrogênio de uma forma alternativa, fugin...

Homem primata

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Na segunda passada (23/4), em conclusão à aula da qual participei como monitor da disciplina Universo em Evolução e Evolução da Vida na Terra no dia 9/4 ( aqui relatada ), assisti junto à turma do 1º semestre de Ciências da Natureza ao vídeo “O Que Darwin Não Sabia”, da BBC.  Após o vídeo, uma colega me fez um questionamento sobre a evolução humana. Não foi a primeira vez que ouvi a pergunta e, desta forma, explico aqui, resumidamente, o que sei sobre o assunto, visando explica-la a outros que também a tenham e quem sabe dar minha modesta colaboração para o entendimento desta tão pouco compreendida – mas mesmo assim tão debatida – Teoria da Evolução. A indagação é, nas palavras de minha colega: Se evoluímos do macaco, então por que nós paramos de evoluir? O macaco um dia vai se transformar em ser humano? Em primeiro lugar, se você não sabe o que é, basicamente, a Teoria da Evolução, sugiro que comece por O Capelão do Diabo e as moscas sem asas , neste blog. Mas prossiga...

Em defesa de Richard e dos alunos discriminados

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Professor Attico Chassot, ministrando a Aula Magina, na Unipampa Uruguaiana Quinta-feira da semana passada (19/4), tive o privilégio de ouvir duas falas do professor Attico Chassot , uma no Rodas de Conversa Intercampi, outra na Aula Magna. Um dos mais importantes educadores do país, Chassot é formado em Química, mestre e doutor em Educação, tem mais de 60 artigos e 15 livros publicados. Mas além de ouvi-lo falar, ainda tive o prazer de conversar com o professor, e constatar sua grandiosidade ao aceitar ouvir os argumentos desse ‘aluno impertinente’, que ousou discordar de um monstro sagrado como ele. Ele me ouviu com toda sua calma e simpatia, lembrando um avô que ouve pacientemente as razões do neto antes de apresentar as suas e, quando as mostra, o faz sem ranço ou desprazer, mas com sabedoria (que o Mestre Chassot tem de sobra) e argumentos muito bem embasados. Sobre o que versava nossa conversa? Sobre a militância ateísta de Richard Dawkins e suas constantes afrontas ...

Documentário sobre darwinismo

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Pessoal, para quem quer saber mais sobre a evolução da Teoria da Evolução (peço perdão pela repetição, " bis repetita non placet"), mas é isso mesmo; como Darwin chegou à teoria, como ela era vista, como quase foi abandonada pelo meio científico, e como a síntese lhe deu nova vida e permitiu chegar ao Século XXI como uma das mais fortes (devido a seu embasamento em evidências) teorias da ciência em todos os tempos. O nome do documentário é "O que Darwin não sabia" (What Darwin Didn't Know), é da BBC e está legendado em português europeu. Por ser muito extenso (1h28min), o documentário foi dividido em nove partes. Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5 Parte 6 Parte 7 Parte 8 Parte 9 (final)

É preciso evolução!

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Desde há muito tenho acompanhado o embate criacionistas x evolucionistas na nação mais rica do mundo. Lá, o lobby dos grupos fundamentalistas religiosos se confunde com a direita política, que tem voto de boa parte da população, especialmente entre a fatia denominada WASP (White, Anglo-Saxan and Protestant, ou branco, anglo-saxão e protestante em bom português). “Coisa de grigo”, sempre pensei, desdenhoso, maravilhado com meu Brasil, onde impera o sincretismo que, se não incentiva, ao menos não fica no caminho da boa ciência, mormente depois da redemocratização ocorrida em 1985 (antes, ou você era cristão ou um pária na escola). Recentes fatos, dentre os quais o assustador crescimento do fundamentalismo religioso tem mudado essa cena. A exemplo dos protestantes estadunidenses, os nossos têm mostrado suas garras elegendo deputados com o único fim de defender interesses religiosos na Câmara, chegando ao cúmulo de promover cultos no plenário, jogando no lixo os artigos 5º, Inc. VI e 19, ...

Neurociência

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Para quem, como eu, gosta do assunto, o Nerdcast desta semana se superou, falando sobre neurociência. Um dos melhores programas dos 302 já feitos, o tema é tratado ao mesmo tempo com muito bom humor e muita informação. Quem quiser conferir, o link é  http://jovemnerd.ig.com.br/categoria/nerdcast/ .

O poder dos memes

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Confesso-me admirador da teoria memética e, como tal, tenho lido bastante sobre o assunto. Ocorre que, por ser uma hipótese nova (lançada em 1976), e ainda pouco evidenciada, é pouca a literatura em português que se encontra sobre o assunto. Com o intuito de colaborar com quem, como eu, tem interesse no tema, fiz uma tradução livre de um artigo da drª Susan Blackmore, PhD e professora de psicologia da Universidade de West of England, Bristol. O artigo em pauta foi publicado na revista Scientific American, edição de outubro de 2000, páginas 64 a 73. Mantive, também, as ilustrações originais publicadas no artigo referido, todas elas devendo ser creditadas à publicação.        Outro detalhe é que me limitei à transcrição do artigo escrito por Blackmore, não postando aqui a introdução escrita pelos editores ou os textos escritos por Lee Alan Dugatkin, Robert Boyd, Peter J.Richerson e Henry Plotkin, que tecem comentários sobre o artigo na mesma revista. Talvez o faça mai...