Didi, Dedé, Mussum, Zacarias e as verdades científicas inconvenientes
Meu amigo Finkler se diz frontalmente contra o dito ‘politicamente correto’; segundo ele, sua contrariedade reside, principalmen-te, em que esta nova atitude matou o humor. “Pense só”, me diz ele, “os Trapalhões, hoje, não conseguiriam aque-las sacadas geniais que nos fizeram felizes nos anos ’70 e ’80, seria um processo atrás do outro”. Realmente penso que não se faz mais humor como antigamente (talvez eu só esteja ficando velho, lembro de meu avô dizer coisas semelhantes sobre a época dele), mas não sei até que ponto a mesmice e a falta de graça do humor brasileiro dos últimos anos se deve ao politicamente correto e, pra falar a verdade, considero que a perda de programas de humor – por mais que aprecie o humor – é uma perda relativamente pequena se realmente colaborar para um mundo socialmente mais justo, menos preconceituoso, menos agressivo às minorias. Considero-me um sujeito alinhado com os anseios de meu tempo e, como ateu, não posso aceitar explicações tais como que uma divind